A VIDA
As pétalas do desencanto caem
dos pulmões da cidade,
a percutirem sobre as tempas
com sua efêmera repetição,
na hospedaria de animais
invisíveis do meio da alma.
Somos ainda aprendizes de
um saber inacabado, com
uma lenta e inexorável
casa a crescer no sangue,
como chuva perpétua desde
uma permanência velada.
Perseguimos o lado obscuro
deste jardim inaudito:
uma pequena ilha
fosforescente na raiz
de um assombro vindouro,
despertos, por fim,
os frutos esparegidos contra
o medo e seus espelhos,
calcinados.
Setembro de 2010.
[Grazas mil a Ramiro Torres, estupendo poeta, por me adicar este poema seu tan fermoso]
4 comentários:
Mil graças a ti por deixares habitar este poema neste caderno. Abraços dos três.
Precios poema, en verdad.
Saludos.
Adoréi! muito bonito tu blog. Abraços! :)
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